segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Escrever

Escrever é como fazer amor: não se esquece! Podemos passar anos sem escrever mas assim que decidimos fazê-lo, o texto sai. As primeiras palavras, as primeiras frases estão presas, demoram! E depois sai de rajada, de rompante, de uma só vez, como se estar por escrever lhe tivesse provocado urgência. Sai bem, corre bem, sem dúvida!
Continuamos a escrever e passamos a explorar outras coisas: outras palavras, outros gestos, as vírgulas diminuem, as mãos procuram novos toques, mais ou menos parágrafos, tudo com muito mais calma, menos pressa, como que a saborear a escrita e o amor. Encontram-se novas palavras, novos gostos, novos caminhos na escrita e no amor. Misturam-se outras histórias, as mãos constroem outros prazeres, solta-se a imaginação na escrita e no amor.
É, escrever é como fazer amor: quanto mais se pratica, melhor sai!

Têm toda a liberdade para trocar "amor" por "sexo". Ambas as palavras resultam!

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