segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Irracionais e desorganizadas

De vez em quando, alguém traduz para palavras o que nos vai cá dentro...

"Não sente saudades minhas.
Não sente qualquer tipo de desejo.
Não sente a distância.
Traçou um caminho por onde decidiu seguir.
Decidiu a sua vida e nada nem ninguém o fará mudar de ideias.
Vestiu um colete à prova de sentimentos.
Não deseja nem pretende ser desejado.
Não corre riscos.
A sua vida é metódica e organizada.
Nada escapa ao seu controle.
É um ser humano racional."
Tirado daqui

Não o teria escrito melhor. Não sei fazer resumos. Não me sei resumir e muito menos resumir os outros... Mas é isto, é mesmo isto... porque hoje, sei mais do que sabia, vejo mais do que via.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Present ghosts

Dias em que "voltei"... não completamente, pois isso já não é possível. Como foi, já não voltará a ser. Talvez porque não quero, porque sei mais do que sabia, porque vejo mais do que via. Se por um lado fiquei contente, por outro senti-me triste: estarei a ficar ainda mais cínica do que já sou?! Estarei a perder a pouca capacidade de "acreditar" que ainda tinha?! Talvez...
Estes dias acabaram com a mesma sensação dos outros: um vazio que não parece vazio, mas que é! Difícil de entender?! Sim, mas também muito complicado de sentir. E muito tramado de pôr em palavras. Entre reencontros, cumplicidades, uma espécie de "back to the past in the present", e o factor "crónica de uma morte anunciada" de algo que nunca existiu, restou-me a certeza de não querer voltar a esses dias.
Afinal esses dias não tiveram nada que se aproveitasse... ou melhor, até se aproveitou algo: a noção de outsider! E assim que me senti de novo como algo externo, como a outsider, como a caixa de ressonância de uma relação que irá perdurar até ao "fim dos séculos", pensei: - não, não é isto que quero!
Definitivamente não é isso que quero. Demasiado confuso ser uma outsider, de novo... Não quero viver nas sombras, envolvida em "laços" que não fui eu a dar, que não são meus...  porque há "laços" que nem 50 assinaturas dissolvem...muito menos quando cultivam esses "laços", quando se lhes dá uma importância vital, quando se percebe que são esses mesmos "laços" que dão sentido a algumas vidas...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

And I will survive too! ;-)



I tried to call you
But you didn´t answer the phone
I tried to pick you up
But you didn´t come along
I tried to talk to you
But you didn´t even answer me
I tried to reach you
But you´re so high up above
Oh baby

I try everyday
I cry every night
For a second of your time
But you´re so busy for me
You don´t care for my plea
So I cry.cry.cry,cry...
Oh...

I tried to tease you
But you didn´t even care
I tried to love you
But your heart closed its doors
 
Oh baby

I try everyday
I cry every night
For a second of your time
But you´re so busy for me
You don´t care for my plea
So I cry.cry.cry,cry...

So you didn´t come along
You didn´t answer
You didn´t care
You closed your heart for me
Oh...

(I tried to call you... Pick up the phone)
You´re so busy...

You will survive! ;-)



At first I was afraid I was petrified.
Kept thinking I could never live without you by my side.
But then I spent so many nights
Thinking how you did me wrong.
And I grew strong!
And I learned how to get along!
So now you're back from out of space.
I just walked in to find you here with that sad look upon your face.

I should have changed that stupid lock!
I should have made you leave your key!
If I had known for just one second you'd be back to bother me.

Go on now, go, walk out that door!
Just turn around now‚
cause you're not welcome any more.
Weren't you the one who tried to hurt (crush) me with goodbye?

Did I crumble
Did I lay down and die
Oh no, not I! I will survive!
Oh and as long as I know how to love I know I stay alive.
I've got all my life to live, I've got all my love to give.
And I'll survive!
I will survive! Hey, hey.

It took all the strength I had not to fall apart.
Kept tryin' hard to mend the pieces of my broken heart!
And I spent oh so many nights
just feeling sorry for myself. I used to cry!
But now I hold my head up high.
And you see me somebody new!
I'm not that chained-up little person still in love with you.

And so you feel like droppin' in,
and just expect me to be free,
now I'm saving all my loving for someone who is loving me!

Go on now...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Em modo...

..."calada":

não quero ir onde já fui,
não quero voltar onde já estive,
não quero dizer o que já disse,
não quero mais o que não tive!

(Porque eu só digo o que quero, quando quero, a quem quero.)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A gaveta das "tralhas"

Todos temos espaços, lugares cá dentro para ocupar. Com "ocupantes" transitórios ou definitivos, eles existem... mais ou menos como as gavetas: cheias de tralha ou com coisas importantes, mas nunca vazias. Alguém resiste a deixar uma gaveta vazia?! Se comprarmos um móvel novo, com gavetas, o que fazemos?! Ou já temos planos para o que lá vamos guardar ou tentamos arranjar tralha para enfiar na gavetas. Nunca ficam vazias por muito tempo...

Temos, portanto, tralha em algumas dessas gavetas, desses lugares. A sua função é apenas ocupar o espaço, para não estar vazio. Ninguém gosta de espaços, de lugares vazios!
Assim que arranjamos algo significativo, mais importante, substituímos a tralha: papéis, chaves velhas, isqueiros sem gás, cartões de visita, clips, berlindes, cenas que não nos servem para nada, mas que não temos coragem de deitar fora. Cenas que ainda achamos que nos vão servir, que nos vão dar jeito, que podem ser úteis ou coisas que nos fizeram sentir bem em algum momento. Só quando arranjamos outras coisas ou quando precisamos de espaço, é que lá vamos fazer uma limpeza. E aí, já não nos importamos de deitar a tralha fora, aliás, até nos interrogamos porque guardámos aquilo se não servia para nada... Afinal só lá estava para ocupar o espaço! Para não estar vazio!

Fazemos isto, temos esta noção, só quando temos algo diferente para lá por dentro... Até lá, deixamos a gaveta cheia de tralha e ainda pensamos que nos pode servir para alguma coisa. E vamos espreitar, de vez em quando, para ver se aproveitamos alguma coisa do que lá está dentro: abrimos a gaveta, revolvemos as coisas, tentamos dar-lhes um uso, encontrar-lhes um significado, um propósito e, mesmo que não encontremos, deixamos-las lá, à espera... nada temos para lá pôr, para ocupar aquele espaço, aquele lugar. Nada mais importante, mais significativo que nos faça pôr a tralha no lixo!
Eu sei, eu sei que há quem consiga ter gavetas livres de tralha, limpinhas, imaculadas, completamente vazias, mas nunca é por muito tempo...
Isto tudo porque eu abri a minha gaveta das tralhas!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ora amarga! Ora doce!

(...) E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
(...)
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido! (...)

Ornatos Violeta - Ouvi Dizer

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Olfacto, esse terrível sentido

Há uns dias atrás, sem querer, acabei no campo. Sim, campo... árvores, terra, ar livre... Tinha planeada uma tarde com folhas de excel à frente e uma reunião. Reunião cancelada, restavam as folhas de excel. Uma fantástica tarde de sol, sem frio, após um belo "repasto" bem regado e ainda por cima sem ter que conduzir: ó que maravilha! Convite aceite! 'Bora lá! Excel adiado!

A meio da viagem, abre-se uma janela e entra no carro um cheiro delicioso de eucalipto, pinheiro, urze, giestas, folhas, ervas, terra... aquela mistura de cheiros impossível de descrever, mas que nos fica na memória e que nos traz memórias. Chegados ao destino, o cheiro mantém-se, entra nos pulmões, entranha-se nos poros...

Os cheiros, a vista, o sol, o calor que anuncia os dias de primavera, trazem-me à memória os tempos de miúda, passados nas quintas do meu pai. Os dias da matança do porco, os dias da vindima, da poda, os fins de tarde da ordenha... Na viagem de regresso e quando voltei às folhas de Excel, fartei-me de "viajar"!
Voltei à matança do porco, às conversas das caseiras que insistiam que o me fazia falta era comer o caldo de cozer as carnes e o sangue, que dava "sustança": "- Tão franzina esta menina! Precisa de a mandar para cá, Sr. Dr.! Este caldo e os ares, sai daqui outra, cheiinha, coradinha..." E eu comia o caldo de muito bom grado. Era bom!

De volta às tardes na Quinta da Forca, cá em baixo, na casa do forno, com a broa a acabar de sair, recheada com sardinha. O lanche melhorado dos trabalhadores, quando o meu pai lá ia! Ai, aquela broa: aquele pedaço debaixo da sardinha, quente, gorduroso, a desfazer-se na boca, ensopado com o sabor da sardinha... a broa de chouriço... até a broa simples, sem nada, digna da mesa de um rei! Muita broa quente comi eu: "- Deixe a menina comer, é o que ela precisa! Olhe, se não jantar, "quem não come por ter comido, não há mal de perigo"! Coma menina, faz-lhe bem, p'ra encher esses ossinhos..." Ah, e eu comia!

Aquela mistura de cheiros, a terra, fizeram-me regressar à ordenha, aos finais de tarde onde eu escapava aos olhos do meu pai, corria atrás do caseiro e ia beber o leite... não num copo, assim não tinha piada! O que eu gostava mesmo era de meter a cabeça debaixo da vaca, esperar que o caseiro apertasse as tetas da vaca e... directo para a minha boca! Sempre às escondidas do meu pai: (então da minha mãe nem se fala, tal era o pânico de eu levar um coice da vaca) "- Ai, Sr. Dr., a menina  é só olhos e cabelo... deixe lá, "o que não mata engorda!" Pois é, não existe leite melhor!

É, tenho maus hábitos! Almoços do fim da vindima, com os leitões a saírem do forno, a cabidela feita a preceito, as mesas corridas com todos os trabalhadores... A cabidela! Ninguém a fazia tão bem como o Victor, o caseiro de S. Lourenço. Qual batata frita! Era mesmo com batata cozida e salada. E vinho claro, para os adultos. Eu ficava-me pelo mosto, ainda a ser pisado pelo pessoal: "- Dê um copo à menina, Sr. Dr.... olhe que é melhor que os xaropes da farmácia! Tão branquinha, coitadinha... isto é que lhe faz falta!" E o meu pai dava. Eu gostava e ele tinha orgulho de eu gostar.

Fica outro tanto por contar: a lama, a cara mascarrada de uvas, as mãos sujas de terra, o cabelo ainda mais espetado do pó das correrias, o barro colado na roupa e nos braços, as pernas cheia de nódoas negras, arranhões e esfoladelas (tenho orgulhosas cicatrizes das minhas brincadeiras), os sonos feito no banco ao lado da lareira, na Quinta do Ribeirinho, as fabulosas tartes de chila da D. Maria Teresa...
De nada serviram os cuidados e as comidas das caseiras. Nem o leite puro, nem o mosto... Continuei franzina, magrinha, só olhos e cabelo, branquinha, mas com um apetite que só visto! Sim, sou "menina da cidade" mas com um pézinho no campo e com muita pena pelo meu filho não crescer com tudo isto.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

The "C" Factor

A and B - relationship (inside ones)
C - third person (outsider)



"In family systems theory, whenever two people have problems with each other, one or both will "triangle in" a third member. People respond to anxiety between each other by shifting the focus to a third person, triangulation. In a triangle, two are on the inside and one is on the outside."
From where





"The anxiety or tension of each of the participants generates the activity in triangles. A two-person relationship (A and B) will be stable as long as it is calm. When anxiety increases, however, the presence of a third person (C) can decrease anxiety by "spreading it out" over three relationships. This makes it less likely that one relationship will overheat. (...)  
 If you understand the position you occupy in a triangle, it may be possible to bring it to a positive conclusion."
From where

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Diria a minha Avó...

"- Filha, não são "contas do teu rosário"... deixa, não te metas! Reza o terço por ti, e só depois pelos outros... mas se te esqueceres, deixa lá, eu rezo sempre por ti!"

Pois é, Avó...mas há alturas em que parece que as "contas são do meu rosário" e não dos outros! E eu rezo o terço pelos outros e esqueço-me mesmo de rezar por mim!
Vá, reza lá por mim, que estou outra vez a esquecer-me que "primeiro eu, depois os outros"...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Falha do software

Hoje ouvi isto na rádio e ficou-me no ouvido! Falha do software, crash do anti-vírus (uso o Norton), crash do sistema de protecção do Windows, não sei... Certo é que entrou cá dentro e ficou-me o dia todo a ecoar na cabeça...



(Sim, eu sei... reactivar o Norton, fazer Run LiveUpdate das definições de vírus, fazer um scan exaustivo, para detectar e resolver threats... mesmo sabendo que há vírus que apenas ficam de quarentine, sem resolução... depois reinicio o sistema, já em System Status: Secure. Hopefully...)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Happy New Year! (again!)

'Tá bem, Ano Chinês! Ainda assim, é um Ano Novo!
Este ano é Coelho!

Quando eu era pequena recebia todos os anos, por esta altura, uns envelopes vermelhos "muita giros", com dinheiro dentro. Eram sempre dois e vinham de Macau, onde estavam os meus padrinhos de baptismo. A minha madrinha não ficava satisfeita, se não mandasse também bonecas e roupa chinesa. Durante uns anos, tive uns pijamas e robes fantásticos, de seda, porque a minha mãe não sabia que outro destino dar à roupinha chinesa que a minha madrinha insistia em mandar... 
Mesmo depois de regressarem a Portugal, mantinham a tradição dos envelopes vermelhos e das taças enormes de tangerinas em casa (mas sempre com as folhas) na altura do Ano Novo Chinês.


 Ah, e é herança da minha madrinha a minha "mania" de vestir roupa nova no 1º dia do ano... de preferência vermelha, dizia ela... Hoje é dia de Ano Novo! ;-)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Em contagem decrescente


  ... para um Novo Ano! 2nd chance to start again!

(Ok, 'tá na altura de pensar noutra Wish List...)