É, tenho andado em "modo pausa"... Não me apetece escrever... mas sim, ler. Por isso voltei a dar umas voltas por alguns dos meus "belogues" favoritos de escrita. Tenho vários, mas confesso que sou viciada neste! Mas isso já se percebeu, não? Voltei a reler alguns dos textos fabulosos que a Sofia Vieira escreveu (e escreve, para deleite de muitos!) nesse "belogue". De todos, mesmo de todos, existe um excerto que me continua a emocionar profundamente. É daquelas coisas que nos dá vontade de termos sido nós a escrever. Acho-o simplesmente fantástico, de uma frieza extrema mas cheio de uma esperança que não tem limites!
"...vivo com esta convicção, a de que acabaremos junto e velhinhos, aflitos com dores nas costas, esquecidos dos nossos nomes e enterrados para sempre nas imperfeições do outro. Tu, a amparares-me amorosamente a papada e eu, a massajar-te os ossos esboroados e a aliviar-te o reumático, numa suave recriminação mútua por não nos termos encontrado antes, como competiria a quaisquer almas que se reclamam gémeas, ambos sabendo que só o meio da vida é pouco, muito pouco, e que já fomos tarde, muito tarde."
Sofia Vieira - umamoratrevido.blogspot.com
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