Mais um ano. Quase igual ao anterior. Parecem-me todos semelhantes, desde há uns anos para cá. Não lhes tenho sentido grande diferença!
Se pensar no penúltimo dia do ano passado e no que tinha na altura, acho que acrescentei pouco, ou mesmo nada. Estava muito triste nesse dia e continuei assim, mais algum tempo. Disse na altura, a uma amiga, que para o próximo ano, tudo seria diferente. É, eu disse isso! Mas ficou tudo na mesma! O que eu queria que mudasse, onde eu queria as diferenças, é onde tudo está igual. E não foi por falta de esforço, de empenhamento, de vontade. Simplesmente as mudanças não aconteceram... Se fui eu ou se foi o mundo, que manteve tudo na mesma, não sei...
Tenho mais rugas, mais cabelos brancos, mas na minha vida tudo continua igual. Tenho o mesmo que tinha há um ano atrás...nem mais, nem menos!
Dei comigo, hoje, com o mesmo sentimento de há um ano atrás: tristeza! Este ano, vou acrescentar à tristeza, o abandono. Já o tinha o ano passado, mas não lhe tinha ainda encontrado o nome. Acho que é dele que nasce a minha tristeza...
O tempo é uma coisa esquisita, são apenas dias que se sucedem. Isso dos anos novos é uma invenção nossa.
ResponderEliminarOs calendários, um artifício: há-os cristãos e os chineses e árabes e persas e indianos e por aí fora. Cada um conta o tempo de forma diferente, uns têm muitos milhares de anos, outros nem por isso.
Mas numa coisa são todos iguais, todos tentam, de certo modo aprisionar os dias e o tempo dentro de uma lógica que lhes faça sentido.
No fundo tentamos enganar o tempo para pensar-mos que somos um bocado mais importantes do que a nossa breve passagem por aqui...
Pouco importa (e eu a tentar ser sério ainda é mais esquisito)...
Isto para dizer o quê?
Sei lá, para te dar um beijo e te desejar, apesar de todo este paleio, um ano novo um bocadinho melhor.
E mais outro, beijo.