sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sábado

Acordei. Levantei-me. Arrastei-me até à cozinha e liguei a máquina do café e a televisão. Tinha que ser! A parva da máquina sempre que eu preciso que ela funcione como deve de ser, não está para aí virada! O café saí a conta-gotas! Mudança de máquina, que hoje não me apetece ter guerras aos pequeno-almoço. Dois goles de café e uma olhadela às notícias e vou-me vestir. Não sem antes parar em frente ao guarda-vestidos e pensar: - não tenho NADA para vestir! (todas as mulheres fazem isto!) Lá escolho roupa e vou tratar de me vestir e de me arranjar. Um pouco de cor, um bocado de rímel, um pouco de bâton e siga, que já começa a ser tarde. Sair da garagem e pôr os óculos de sol. Ena, 'tá sol! Não chove! Ok, então aproveito e "pé na tábua". 'Bora lá recuperar o atraso provocado, como sempre, pelo escolher roupa, vestir e arranjar. Entro na auto estrada. Quase vazia. Também, são 8 da manhã de sábado. Volto a sentir um prazer imenso em conduzir. Olhar em frente e apenas seguir. Ponho aos berros o que tenho no leitor de cd's: Xutos. Ouço a minha música favorita e mudo para a rfm. Hoje só mesmo a minha favorita dos Xutos, mais nenhuma. Pronto, ouvi-a três vezes! Dou comigo a pensar se será desta. Se será desta que começo o que quero. Que a minha vida pode tomar um outro rumo. Olho à volta e procuro um presságio, algo que me indique que sim, que estou no bom caminho. Nada, claro! Deve ser muito cedo! Sigo o meu caminho.
Chego cedo. Estaciono. Saio e procuro um café. Entro. Tomo café. Pago. Saio.
Encaminho-me para o sítio, entro, subo, saio do elevador. No átrio já lá estão mais quatro, todas com o mesmo ar expectante que eu devo ter estampado. Dizemos Bom dia! e ficamos a olhar umas para as outras, todas completas desconhecidas, sem nada que nos ligue.
Saímos quatro horas depois, já não tão desconhecidas: sabemos o que cada uma faz, com quem trabalha, onde trabalha e porque está ali. Não todos os motivos porque, tal como eu, deve haver algumas que também pensam que ali pode estar uma nova oportunidade, uma viragem, uma nova forma de vida. E isso nenhuma de nós diz. Mas sente-se nos discursos, nas posturas, nas perguntas que são feitas.
A minha conclusão? Não sei! Olho para a frente e vejo muito tempo. Acho que sim, que vou gostar, mas isso não me dá garantias, não me faz sentir mais segura no caminho que está pela frente. Não consigo decidir como me sinto: se expectante, se receosa, se com medo. Tenho sobretudo, medo de pensar que é desta e não ser!
Vamos ver!

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