Já dei para muitos 'peditórios'! Acabei de entrar na fase de (também) já dei para 'este'!
Vamos lá ver se explico isto de uma forma clara: estar 'interessada' num homem não é querer uma anilha no dedo, nem querer um 'rótulo' de mulher ou namorada! Quando se chega a esta idade, já se deu para esses peditórios, já se cumpriram todos esses rituais, já se percebeu onde nos levam...
Estar 'interessada' num homem é só isso! Pelo menos para este espécime feminino, que nunca acreditou em príncipes encantados, em relações perfeitas ou na existência de almas gémeas (conceito que, ainda hoje, me 'arrepia até aos cabelos')! Já sei, já sei... não sou uma romântica! É pá, perdoem lá o facto de ter os dois pézinhos bem assentes na terra e de me recusar a viver no mundo cor-de-rosa da relações perfeitas, onde tudo tem de encaixar: desde os rituais da 'cama', até aos fatos de cerimónias onde a gravata condiz com a toilette da mulher, passando pelo dia-a-dia monótono de saírem os dois no mesmo carro e de ele a ir levar ao emprego!
Ora, esta 'cena' de se sentirem pressionados ou o raio que parta, só porque uma mulher está 'interessada', deixa este espécime um bocadinho fora de si... Óbvio que, se estamos 'interessadas', queremos concretizar as coisas, se é que me faço entender... Já não sou uma virgenzinha de 16 anos, nem nunca tive jeito ou paciência esses jogos de 'fugir p'ra ver se me agarras' ou 'quero muito ir p'rá cama, mas só depois de 3º encontro'! MAS... (big, big, big mas), isso não significa que acordo no dia seguinte a achar que sou 'o que quer que seja' do outro! Continuo a ser eu, apenas eu, com o meu filho para tratar, a casa para arrumar, com toda a minha vida exactamente no mesmo sítio e a precisar da minha atenção! Arrisco a dizer que não serei exemplar único... haverá outras por aí, como eu! Admito que os espécimes das relações cor-de-rosa, das idas p'rá cama enquanto sinonimo de anilhas, 'rótulos' ou compromissos sérios possam predominar, mas existem excepções... irrita-me que me tomem pelo 'todo'!
Ah pois, blá, blá, blá... tem traumas... blá, blá, blá... sofreu muito... blá, blá, blá... é preciso compreender... Claro, eu também tenho 'bagagem', traumas, também já 'sofri' de amores e desamores e, exactamente por isso, é que penso como penso. Mal de mim, se no fim de tantos anos a dar 'cabeçadas' valentes, a usar os pensos rápidos que tenho debaixo do lavatório da casa de banho e a minha pomada 'Cicatrin', não tinha aprendido nada!!! Por isso é que demoro até me 'interessar' por um homem! Não é qualquer 'carinha laroca' que me faz virar a cabeça... e se me sinto 'interessada', lá terei os meus motivos...
Evidente que os meus fantasmas cá estão, assim como os meus medos... ninguém chega a esta idade sem eles! É preciso é decidir: se nos vamos esconder atrás deles e, então, nem sequer tentamos estar com ninguém (isto é o que me parece mais justo e, aí não 'damos bola' a ninguém!), ou se os vamos enfrentar e até 'damos bola' a quem está interessado. Mas aí, já não me parece nada justo, depois, alegarem-se os medos e os traumas! A fazerem-se essas alegações, é logo no início!!! E não 'damos bola' a ninguém, ponto!!!
Que tal se tentassem, se investigassem, se tentassem perceber como pensa quem vos 'aterrou' nos braços, antes de darem uma de 'traumatizados, coitadinhos'?! Para onde é que foi a noção do 'vamos ver no que dá?! Devo ser muito antiquada... deve ser resultado de alguns anos 'fora do mercado'!!!
Ah, só mais uma coisinha: a 'cena' de não criar expectativas ainda me irrita mais! É claro que se têm expectativas... MAS de ver no que dá!!! Pode não dar em nada, ou pode dar no que as duas pessoas concordarem que querem!!! Não são expectativas de anilhas, 'rótulos' ou compromissos sérios... as relações entre duas pessoas são como os presentes embrulhados: NUNCA sabemos o que lá está dentro!!! É preciso desembrulhar e ver! Se não gostarmos, temos sempre a hipótese de trocar! Uma relação entre duas pessoas, para mim, é o que elas quiserem que seja, sem noções pré-concebidas e sem todas as 'regras' que a sociedade gosta de impor, quando rotula uma relação. Não acredito nas relações pré-feitas e em regras à priori, impostas ou sugeridas pelos 'rótulos'. Uma relação, seja ela de que tipo for, é sempre uma construção... até as amizades se constroem... e as relações entre pais e filhos!!!
(Espero que, com tantos pontos de exclamação, virgulas, três pontinhos e outra pontuação do género, me tenha feito entender! É que isto de 'falar' sem mexer as minhas mãos, dá sempre em excesso de pontuação!!!)
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