domingo, 27 de fevereiro de 2011

Present ghosts

Dias em que "voltei"... não completamente, pois isso já não é possível. Como foi, já não voltará a ser. Talvez porque não quero, porque sei mais do que sabia, porque vejo mais do que via. Se por um lado fiquei contente, por outro senti-me triste: estarei a ficar ainda mais cínica do que já sou?! Estarei a perder a pouca capacidade de "acreditar" que ainda tinha?! Talvez...
Estes dias acabaram com a mesma sensação dos outros: um vazio que não parece vazio, mas que é! Difícil de entender?! Sim, mas também muito complicado de sentir. E muito tramado de pôr em palavras. Entre reencontros, cumplicidades, uma espécie de "back to the past in the present", e o factor "crónica de uma morte anunciada" de algo que nunca existiu, restou-me a certeza de não querer voltar a esses dias.
Afinal esses dias não tiveram nada que se aproveitasse... ou melhor, até se aproveitou algo: a noção de outsider! E assim que me senti de novo como algo externo, como a outsider, como a caixa de ressonância de uma relação que irá perdurar até ao "fim dos séculos", pensei: - não, não é isto que quero!
Definitivamente não é isso que quero. Demasiado confuso ser uma outsider, de novo... Não quero viver nas sombras, envolvida em "laços" que não fui eu a dar, que não são meus...  porque há "laços" que nem 50 assinaturas dissolvem...muito menos quando cultivam esses "laços", quando se lhes dá uma importância vital, quando se percebe que são esses mesmos "laços" que dão sentido a algumas vidas...